18 de dezembro de 2008

A Fontana di Trevi


Uma fonte monumental sob um símbolo do poder romano.

Você pode ouvir as águas da Fontana di Trevi muito antes de avistá-la; no sufocante calor do verão romano, nada suscita tanto prazer quanto o som da água fresca jorrando. Ao repararem o fornecimento de água da cidade, encarregando renomados escultores a criar fontes extravagantes, os papas do Renascimento sabiam que estavam deixando um forte posicionamento político.

Também os imperadores romanos foram os responsáveis pelos aquedutos meticulosamente projetados, e exageradamente caros, para atender ao seu imenso sistema de banhos. Em Roma, a água foi, e continua sendo, um luxo. A maneira como toda a área de Trevi se desenvolveu foi devido a essas águas. Nas ruínas arqueológicas em exposição nos arredores do cinema Sala Trevi , partes da antiga Roma abrigam até os canos da tubulação.

Uma fonte milagrosa no interior da antiga igreja de Santa Maria in Via ainda fornece copos d’água com poder de cura para paroquianos adoecidos. Nas manhãs de domingo, quando trabalhadores desligam a fonte para limpá-la e remover as moedas atiradas nela, o quarteirão fica estranhamente silencioso.

Os antigos moradores da região guardam lembranças de infância de caravanas de mulas carregando barris d’água até o palácio no monte Quirinal, acima de Trevi. Localizada no topo da mais alta das sete colinas de Roma, a residência tornou-se a favorita dos papas: no verão, eles a consideravam mais saudável do que o Palácio do Vaticano, que era perto demais do mal-cheiroso rio Tibre.

O Quirinale já simbolizou as mudanças de poder em Roma ao longo dos séculos, dos papas e reis à República dos dias atuais: é hoje a imponente residência do chefe de Estado italiano.

Nenhum comentário: